segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

E nós demos....

Esta semana foi nos sugerido pela nossa professora Ilda Dinis (www.ildadinis.net) fazer um resumo da materia dada na semana de 13 à 17 de Janeiro.


Resumindo tudo o que demos nessa semana foi as funções económicas e sociais do estado (a eficiência, equidade estabilidade). Dando também as falhas de mercado: concorrência imperfeita (monopólios e oligopolios) externalidades (positivas e negativas) e bens públicos e também a equidade.

Encontramos uma noticia sobre as externalidades onde se pode ver aqui .

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Importância do Mercado Livre: Portugal, Luxemburgo e França

Todos sabemos que um dos princípios base que levou à criação da União Europeia tal como a temos hoje, foi o desejo de um mercado continental livre, em que pessoas e mercadorias pudessem circular livremente na Europa, sem estarem restringidas por fronteiras administrativas ou alfandegárias. Um dos efeitos lógicos da existência de um espaço de circulação livre de mercadorias é a intensificação do tráfego das mesmas, que agora podem chegar a qualquer lado do mercado comum sem estarem sujeitas a nenhum tipo de controlo aduaneiro.

 Portugal aderiu à CEE em 1986, logo beneficiou com a sua entrada um aumento nas suas exportações e, em contrapartida, um aumento de nas importações, que comprovam que a integração num mercado único pode não só favorecer uma economia, mas também pode ter um efeito negativo como o aumento do deficit na Balança Comercial.

 
As importações e exportações portuguesas foram alterando, sendo que em 2010 (segundo a base de dados ‘Pordata’), os cinco produtos e serviços mais exportados foram: Serviço de transporte e armazenagem; Produtos têxteis, vestuário e de couro; Equipamento de transporte; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos.

Em sentido contrário, as importações de maior peso foram: Equipamento de transporte; Minérios e outros produtos das indústrias extractivas; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Produtos Químicos; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento.

Concluímos então que na economia portuguesa, para além dos serviços de transporte, as exportações de maior relevância estão assentes no sector I e II, sendo os bens industriais exportados de baixa tecnologia (roupa e calçado). Ao mesmo tempo verifica-mos então que, ocupando os minérios o 2º lugar nas nossas importações, Portugal encontra-se bastante dependente ao estrangeiro.
 

Luxemburgo: 
O Luxemburgo é um país com uma economia aberta e muito dependente do exterior, nomeadamente das economias europeias vizinhas.
A economia do Luxemburgo apresentou um crescimento estável e sólido, com uma média de crescimento na ordem dos 4,5% no período de 1995-2004 e de 5,6% entre 2005 e 2007. Em 2008 e 2009 verificou-se um decréscimo da economia luxemburguesa, resultado do impacto da crise económica mundial (-0,9% em 2008 e de -4,1% em 2009). 
 A balança comercial do Luxemburgo é deficitária, sendo que a sua posição não é relevante a nível mundial, nem como importador nem como exportador de bens, conforme demonstram os dados recentes publicados pela Organização Mundial de Comércio.
Em 2012 os principais clientes do Luxemburgo, no que diz respeito a bens, foram a Alemanha, a França e a Bélgica que conjuntamente foram responsáveis pela compra de mais de 55% do total dos produtos vendidos por este mercado.
 Nos últimos anos, os principais fornecedores do Luxemburgo foram a Bélgica, a Alemanha e a França,
que representaram cerca de 73% do total das importações.
 
 
Portugal foi o 21º fornecedor do Luxemburgo em 2012, tendo representado apenas 0,2% do total importado por este país. De acordo com os dados divulgados pelo STATEC, os produtos comprados em
Portugal registaram um decréscimo em 2012.
 
França: 
A posição da economia francesa reveste-se de uma grande importância quer para a União Europeia, quer para a economia mundial. Em 2011 a França ocupou a sexta e quinta posição, respetivamente, como exportador e importador a nível mundial. No conjunto dos países da UE27, foi o terceiro maior exportador, posicionando-se à sua frente apenas a Alemanha (1º posição) e a Holanda (2º).
 
O principal destino das exportações da França são: Alemanha 16,4%, Itália 8,2%, Bélgica 7,7%, Espanha 7,6%, Reino Unido 6,8%, EUA 5,1%, Países Baixos 4,2%
Já o principal destino das suas importações são: Alemanha 19,3%, Bélgica 11,4%, Itália 8%, Países Baixos 7,5%, Espanha 6,8%, China 5,1%, Reino Unido 5% (2009)
 
 
 
 No fundo, o que a UE faz a estes países é permitir que estes façam chegar os seus produtos aos mercados dos países vizinhos sem a necessidade de acordos prévios, ao mesmo tempo que expõe o mercado desses mesmos países à concorrência externa, o que pode resultar numa balança comercial demasiado deficitária, tal como tem vindo a acontecer com Portugal que aumentou as suas importações ao entrar para a UE.
 
     
Balança Comercial em %                 



 
 Toda a informação, de textos e quadros/gráficos foi recolhida de sites como:

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Porque razão a prática de dividir a conta faz com que as pessoas gastem mais dinheiro nos restaurantes?

 
"Os amigos que jantam fora juntos costumam dividir a conta por todos de forma igual. Para os empregados, é mais fácil apresentar um único recibo do que passar um para cada cliente, além de que, assim, não têm de tentar identificar os pedidos de cada pessoa para calcular a respectiva despesa.

Não obstante, há muita gente que se opõe a esta prática porque quem escolhe pratos e bebidas mais baratas é forçado a pagar mais do que o custo do que comeu e bebeu. Esta não é, porém, a única consequência que se pode considerar desfavorável desta prática, pois ela gera um incentivo para uma pessoa gastar mais do que o faria no caso de as contas serem separadas. A que se deve esse efeito?
Considere-se um grupo de 10 amigos que concordam antecipadamente dividir por igual a conta de um jantar num restaurante. Suponha-se que um deles está a tentar decidir-se entre a dose normal de costeleta especial de vaca, que custa 20 dólares, e a grande, por 30. Assumamos ainda que o benefício adicional da porção maior vale para ele mais cinco dólares do que a mais pequena. Se estivesse a comer sozinho, este indivíduo iria pedir o prato de tamanho normal porque os cindo dólares do benefício adicional do maior são inferiores aos 10 do custo extra que a escolha implica. No entanto, visto que o grupo concordou em dividir a conta em partes iguais, encomendar a porção maior irá fazer aumentar a sua parte em apenas um dólar (a décima parte dos 10 dólares a mais relativos ao que ela custa). Visto que a mesma vale para ele os cinco dólares a mais, irá pedi-la.
Os economistas consideram tais decisões ineficientes porque o ganho líquido de quatro dólares que uma pessoa obtém ao pedir a porção maior (os cinco adicionais, que são o valor que dá a esta escolha, menos o dólar extra que terá de pagar no final do jantar) é menor do que a perda líquida imposta ao resto do grupo (os nove dólares de aumento no montante total que eles pagam devido ao facto de o seu amigo escolher uma dose maior).
Embora a divisão da conta possa ser injusta e ineficiente, é improvável que a prática desapareça. Afinal, as perdas que dela resultam são habitualmente pequenas, e a transacção torna-se mais fácil para todos."


Por que razão as peças de roupa femininas abotoam sempre pela esquerda, enquanto as masculinas o fazem sempre pelo lado direito?





Não é surpresa que os fabricantes de vestuário adiram a determinadas normas no que respeita às características das peças de roupa adquiridas por um mesmo grupo de consumidores. O que parece estranho é que o padrão adoptado para as mulheres seja precisamente o oposto do seguido para os homens. Se a escolha fosse completamente arbitrária, não haveria mistério. Acontece, porém, que a regra em uso para os homens parece também fazer sentido para as mulheres. Afinal, aproximadamente 90 por cento da população mundial - masculina e feminina - é dextra, sendo-lhe mais fácil abotoar as roupas com esta mão. Assim sendo, por que razão as peças de vestuário feminino abotoam a partir da esquerda?
Trata-se de um exemplo de como a história pode realmente ser importante. Quando surgiram, no século XVII, os botões utilizavam-se apenas no vestuário dos mais ricos. Nessa época, era costume os homens vestirem-se a eles próprios e as mulheres serem vestidas por criadas. O facto de as roupas femininas abotoarem a partir da esquerda facilitava a vida às criadas dextras com aquela incumbência.
No caso dos homens, o contrário fazia sentido não apenas porque a maior parte se vestia a si própria, mas também porque reduzia a probabilidade de uma espada retirada com a mão direita a partir da bainha na perna esquerda ficar presa na camisa.
Se hoje praticamente nenhuma mulher é vestida por uma criada, por que motivo o abotoar a partir da esquerda é ainda o padrão convencional nas suas roupas? A norma, uma vez estabelecida, resiste à mudança. Na época em que todas as camisas femininas abotoavam pela esquerda teria sido arriscado para um fabricante apresentar o contrário. Afinal, as mulheres acostumaram-se a vestir-se daquela forma e teriam de desenvolver novos hábitos e habilidades para se adaptar à mudança. Para além desta dificuldade prática, algumas poderiam sentir estranheza ao aparecerem em público usando, por exemplo, camisas que abotoavam pela direita, visto que seria possível pensar que eram homens"

 

2014 Vai Surpreender


"Em 2014, Portugal vai surpreender pela positiva e tornar-se um caso de sucesso. O contexto externo é favorável. A estabilização da zona euro prossegue, embora lentamente. As economias europeias, americana e japonesa estão a recuperar sustentadamente. Evoluções tecnológicas manterão o preço do petróleo controlado. O contexto interno também é favorável. As exportações continuarão a crescer. Assim que o resgate (Troika) for substituído por um programa cautelar de um ano (a melhor opção por garantir juros mais baixos) ou simplesmente terminado, as taxas de juros do mercado secundário baixarão, haverá um aumento de investimento externo nos activos portugueses subvalorizados, aumentos superiores aos esperados no consumo interno e na receita dos impostos e, para o final do ano e em 2015, aumento do emprego gerado e do rendimento disponível. As mentalidades irão mudar ligeiramente com este relativo sucesso e assim os portugueses enfrentarão melhor os desafios estruturais de longo prazo como, um Estado com custos superiores aos que o país consegue suportar, a demografia, a reestruturação gradual e consensualizada da pesada dívida externa, a necessária inovação social (e constitucional) com maior foco na meritocracia e nos desafios tecnológicos dos próximos 50 anos."




Texto retirado daqui

"Por que razão é o leite vendido em embalagens rectangulares, enquanto os refrigerantes surgem em recipientes cilíndricos?"

"Praticamente todos os recipientes para refrigerantes, quer de alumínio quer de vidro, são cilíndricos, mas as embalagens de leite são quase transversalmente rectangulares. Se esta forma utiliza o espaço das prateleiras mais economicamente do que a cilíndrica, por que razão os produtores de refrigerantes não optam por ela? Uma possível explicação diz que, como os refrigerantes são frequentemente consumidos directamente da embalagem, o custo extra de armazenar embalagens cilíndricas é justificado pelo facto de serem mais fáceis de agarrar. Isto não é tão relevante no caso do leite, que não costuma ser consumido directamente da embalagem.
No entanto, mesmo que a maior parte das pessoas o fizesse, o principio do custo-benefício sugere que seria improvável vermos este produto à venda em embalagens cilíndricas. Embora as rectangulares economizem espaço na prateleira, independentemente do que contenham, o espaço que poupam é mais valioso no caso do leite. Nos supermercados, os refrigerantes são, regra geral, guardados em prateleiras abertas, baratas e com custos operacionais baixos. Já o leite armazena-se exclusivamente em espaços refrigerados, cujos custos de aquisição e operação são elevados. Neste caso, o espaço tem um custo acrescido, o que gera benefício adicional de embalar o leite em recipientes rectangulares"



A melhor sugestão

Os juros da dívida não tremeram significativamente por causa da decisão do Tribunal Constitucional.
Bagão Félix, um tipo insuspeito, produziu a melhor sugestão que, se o bom senso abundasse em vez do temor reverencial perante terceiros, evitaria a tradicional "vingança" para cima das pessoas sob a forma de impostos. «Um erro não se corrige com outro e repetido erro. 388M€ são apenas 0,25% do PIB. Há uma saída lógica que é a de passar o défice de 4% para 4,25%. Alguém achará que o tão invocado mercado se alterará por causa desta diferença? Se a troika este ano aceitou que o défice passasse de 3% (cf. memorando inicial) para 4,5% e finalmente para 5,5%, por que não aceitaria esta situação? Aliás, basta aplicar em dose reduzida ao OE 2014 o que C. Lagarde disse quanto à excessiva velocidade dos programas de ajustamentos orçamentais.» Até um analfabeto político simples percebe o que Bagão está dizer quanto mais as pessoas que tratam destas coisas no Governo.



texto retirado de: Portugal dos Pequeninos